sábado, 15 de maio de 2010

Frustração!

Há muitos anos que encaro a vida com uma espécie de atitude estoica, em jeito de imitação de Ricardo Reis. Não espero nada de mau, mas tão pouco espero grande bem, o que vier vive-se e adapta-se e há coisas que não se controlam. Quando erro há sempre uma lição, e uma vida cheias de oportunidades para melhorar. Quando o erro não é nosso, não há nada que pudesse ter mudado...




Mas hoje senti uma frustração que já não sentia há muito. Já não há volta a dar e eu tenho a leve impressão que podia ter feito algo que mudasse, pelo menos tentar... E não fiz!


sexta-feira, 14 de maio de 2010

People DO change





I'm changing...
and I'm scared to death!

domingo, 2 de maio de 2010

Negra Saudade


No meu primeiro ano não tive saudade, ainda não era digna desse sentimento tão nobre. No segundo ano tive saudades daqueles que partiam, aqueles que nos receberam, nos criaram e ensinaram e deram o seu melhor, em parte, por nós. No terceiro ano tive saudades daqueles que ficaram pelo caminho, daquela que estava e está longe mas sempre connosco e da que esteve comigo em todos os momentos, de Negro ou não, em aflições e alegrias, momentos sérios e a mais "parvalheira pura", aquela que ainda me deve um passeio de eléctrico. No meu quarto ano tive saudades por estar longe dos meus e de não estar lá para acompanhar aqueles que vi chegar, para o pior e melhor.



Cinco anos depois, para além da distância, tenho saudades por mais uma que parte, mas, essencialmente, tenho saudades por mim... Tenho saudades do peso da minha capa negra sobre os ombros, tenho saudades daqueles dias em que trajava sete dias por semana, tenho saudades da liberdade de poder trajar sete dias por semana, tenho saudades da inocência de tudo me parecer perfeitamente imperfeito, tenho saudades de entrar em transe ao som de uma guitarra e com um copo de vinho do porto na mão e pensar que aquele era um dos momentos mais felizes da minha vida, tenho saudades dos meus negros dias, tão negros como a minha capa. Tenho saudades das noites no Presuntos, tenho saudades da minha pandeireta. Tenho saudades da minha capa ser como uma folha em branco, agora são mais a recordações que carrega que o espaço livre para desenhar mais momentos inesquecíveis... Saudades do tempo que já não volta, do brilho nos meus olhos que se vai desvanecendo, tenho saudades daqueles que o voltam a acender. Tenho saudades da minha casa!Tenho saudades da nossa colher. Tenho saudades do melhor quinteto nocturno e daquele que nos atura a todas... Mas neste exacto momento tenho saudades da minha capa!