terça-feira, 26 de julho de 2016

Quando é que deixamos de acreditar em Magia?!

Hoje em dia, tristemente, quando se fala em magia, a maior parte de todos nós pensa em truques (nada) baratos de Houdini ou David Coperfield. Todos nós nos fascinamos com truques ilusionistas, o suspense de uma mentira que não compreendemos, e por isso, nos espantamos, porque não conseguimos desmistificar a mentira, não conseguimos dizer com todas as provas que é mentira, como foi feita... e então preferimos dizer que é magia. Penso que nos custa admitir somos enganados pelos nosso próprios olhos e percepção da realidade. Não é magia é ilusão. Magia é outra coisa!
 
Magia, na minha (pouco) modesta opinião é aquilo que nos enche a vida e o coração. Vem em pequenas doses todos os dias, em pequenos milagres. O mal é que, actualmente, já ninguém acredita em milagres... Milagres, daqueles que acontecem todos os dias, foram, ao longo dos tempos, transformados em banalidades diárias que acontecem por meras questões de sorte. "Conseguiste o emprego com quem sempre sonhaste? Que sorte!" ; "Encontraste alguém tão especial, que sorte!"; "Houve um sobrevivente daquela queda de avião, que teve à deriva 5 dias? que sorte que ele teve"... Não foi sorte, foram pequenos milagres, daqueles que acontecem todos os dias, aqueles que se agarram àquela margem mínima de chance e acontecem mesmo... é Mágico!
Quantas vezes, nos surgem obstáculos na vida, grandes ou pequenos, que nos levam ao desespero ainda antes de pensarmos numa solução? Panicamos, porque as hipóteses são demasiado pequenas ou (quase) nulas, pensamos que nunca vai dar, que não existe solução, adiantamo-nos com rodeios e no final, finalzinho, quando a esperança já está a  desfalecer... tcharan! Eis que surge, vinda, às vezes, nem se sabe bem de onde a resolução. MILAGRE!... Basta olhar à nossa volta e apercebermo-nos que estamos rodeados de Magia e Milagres, basta estar atento às pequenas grandes coisas e ser grato pela Magia que aqueles pequenos Milagres em forma de amigos, familia, gente com boa alma que cruza o nosso caminho, nos enchem a Vida!
 
Não são as coisas grandes... é a simples magia das pequenas!


sexta-feira, 24 de junho de 2016

O Reino Unido abandonou!

Não se fala de outra coisa senão do Brexit. O Reino Unido votou e o povo mostrou a sua vontade: a maioria dos britânicos não quer pertencer à União Europeia.
 
Na minha opinião, há duas conclusões imediatas a retirar disto tudo: a Democracia pode ser o sistema político mais justo que conhecemos mas nem sempre dela advêm as melhores decisões e mais que a separação da União Europeia, este referendo vem avivar feridas (nunca totalmente cicatrizadas do meu ponto de vista) das diferenças ideológicas e culturais dentro do próprio Reino Unido.
 
Há que aproveitar o que vivemos. Está a fazer-se história neste momento. Não tenho dúvida nenhuma que este vai ser um episódio prático de estudo em futuros manuais de História, Diplomacia, Política, Relações Internacionais... cabe-nos as previsões mas ainda é cedo para conclusões definitivas. Se é bem, se é mal... assim como não existem pessoas perfeitas, muito menos existem sociedades perfeitas e infalíveis.  
 
No meio disto, a minha maior preocupação acerca do assunto e o estado da sociedade num todo são os juízos de valor e a falta de tolerância que já se fazem notar em muitas opiniões partilhadas.... "os britânicos são burros, ignorantes, egoístas, se não nos querem também não os queremos" - há para todos os gostos.
Carissímos, não vos esqueceis que a  liberdade que vos permite dizer o que quiserem dos britânicos é tão legítima como aquela que cada britânico usou para demonstrar a sua  vontade. Se foi uma decisão consciente da totalidade das suas consequências, se a população estava totalmente e devidamente informada, se o referendo foi a melhor opção, isso são outras lições a serem estudadas.
Mas não me venham com lenga-lengas que defendem a democracia, a tolerância senão compreendem a essência da liberdade.... Não é preciso condená-los por expressarem a sua opinião, eles já terão trabalho suficiente  a lidar com as consequências dos seus actos!