sexta-feira, 23 de outubro de 2015

De Partidas e Chegadas...

 
 
 
 
Em todas as partidas e em todas as chegadas estive sozinha. Nunca tive ninguém que partisse comigo nem ninguém que me esperasse chegar. Houve já quem eu pensei que esperasse por mim ou partisse por mim. Não esperaram, não partiram.
Tenho, graças a Deus, boas pessoas... pessoas maravilhosas que me disseram adeus com o seu mais sincero sorriso, felizes por mim, com abraços cheios de bons desejos. São elas o melhor que fica de cada sítio por onde já passei. É com elas que deixo pedaços do coração e levo boas memórias, são essas pessoas que dão sentido à palavra amizade.
Mas ninguém me consegue tirar a satisfação da partida... O peito pode apertar-se, as saudades adiantarem-se, e o rosto inundar-se de lágrimas, mas ao longe, onde o meu corpo se esfuma no horizonte, quando já não olho para trás, renasce em mim uma coragem que supera todas as incertezas que levo na bagagem. Não quero que nada me prenda quando é tão bom o sabor da partida, sabe a liberdade...
Há razões que me levam a adiar uma partida, porque estou a gostar, mas nunca encontrei o que me fizesse ficar... acho que não me está na natureza da alma!
 

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Quando era pequena - naquela idade em que nos começam a perguntar o queremos ser quando "fores grande"; em que começam a fazer planos p'ra menina, vai ser médica, professora, advogada- desde aí, lá no fundo, sabia que não ia ser nada como eles planeavam!

sexta-feira, 20 de março de 2015

Dia da Felicidade!

Fiquei a saber pelo facebook que hoje é dia da Felicidade... Curiosamente, esta semana, duas pessoas, uma que me conhece bastante bem e outra que não sabe nada da minha vida, comentaram o facto da minha pessoa parecer ser segura tão de mim mesma e estar sempre feliz. Gostei de ouvir, gostei de saber que realmente consigo transmitir o que me vai na alma, conseguir ser assim tão verdadeira com o mundo... Porque sou feliz!
 
Não estou sempre feliz, nem tudo me corre bem... na verdade, há mais coisas a correr mal que bem. Tenho uma vida chata e aborrecida de classe média baixa (basicamente, sou pobre). Gostava de ter mais tempo (e dinheiro também) para passar mais tempo com a familia (que está longe); para viajar e sentir aquela excitação desmedida de conhecer sitios novos; café e uma conversa todos os dias com os amigos; ser promovida; poder comprar um carro novo, assim mesmo novinho, e passar horas dentro dele só para sentir aquele cheiro de carro novo; conhecer um bacano porreiro e decente, daqueles que nos roubam o coração e não o partem; não partir o dele... Há uma série de acontecimentos que, sem dúvida alguma, tornariam a vida mais aprazível... Apesar de tudo o que não tenho, sou feliz com o que tenho. E sou feliz porque não me canso de querer sempre mais, de lutar por ser sempre mais e melhor... e lutar com o que tenho, lutar com o bem... sem passar por cima de ninguém, sem fazer ninguém infeliz e tentar arrancar sempre um sorriso de quem me rodeia, toda a gente sabe que eles são contagiantes e contagiosos... Ser positiva, ser positiva quando acontecem mudanças, quando acontecem coisas más, ser positiva quando não acontece nada! E orar, pedir Deus aquelas coisas todas e ver todas elas acontecerem como pedimos ou então de um jeito muito melhor... Não estou sempre feliz mas é impossível não ser feliz quando tenho Deus na vida, quando acredito que há sempre um lado positivo... quando sei que, para o bem e para o mal, sou única. Gostam, não gostam... não tenho nada que ver com isso. Só me interessa guardar na minha  vida e coração aqueles que, tolerantes (tolerância...esse baluarte da felicidade), compreendem e amam a minha originalidade como eu amo a deles.
 
Ah...e amanhã é o primeiro dia de Primavera... não há como não ser feliz sabendo isso!