quarta-feira, 27 de junho de 2012

Sasha, you did it again!

Ontem fui ver o "novo" filme de Sasha Baron Cohen, The Dictator. Apanhei uma barrigada de riso é verdade. Um comediante e pêras o Sasha. Tem uma mente suficientemente brilhante para fazer qualquer tipo de humor e comédia mas prefere fazê-lo da forma em que mais se ridiculariza a si mesmo o mais possível para as pessoas perceberem o quão ridículas são as personagens que interpreta. E pronto, assim agrada a toda a gente, aos que se riem pelas macacadas que vai protagonizando nos entretantos e aos que percebem toda a satírica interpretação. Eu ri-me pelos dois. Mas lá no fim do filme, aquando este discurso, a veia revolucionária que corre algures no meu corpo quase que me levava a levantar-me e aplaudir o senhor de pé. Ora vejam:

domingo, 10 de junho de 2012

Cada vez gosto mais de ti, José

Por vezes, sinto-me defraudada. Penso e sinto, vivo e revivo no pensamento coisas minhas e que também são de toda a gente. Crio histórias e gentes, dou-lhes vida e elas são minhas e são tão delas próprias também. Há amores e desenganos, sentimentos que contêm a maior das alegrias e a mais profunda das angústias. E tudo isto vive assim dentro de mim. Sou grandiosa. E a minha cobardia fecha-me a sete chaves. E sou uma inútil porque as palavras que escrevo só têm parte do que sou, há tanta coisa que fica por escrever, por dizer... E são as melhores coisas, as mais belas e perfeitas. E por vezes sinto-me defraudada, porque parece que há quem nos robe o pensar, a arte e a grandiosidade. Há quem escreva palavra a palavra o que a cobardia e a inutilidade não me deixam escrever. A esses que têm esse dom, e em especial ao senhor que conseguiu escrever o que me vai na alma, um grande bem haja!


"Conheço pessoas que morreram. (...)Todos os dias passa tempo que não é testemunhado por elas. Os seus olhares ficaram parados numa data que se afasta cada vez mais. Nós, que conhecemos essa pessoas, que partilhámos um tempo que continha a sua presença, estamos aqui e podemos avaliar o tamanho da sua falta. Assim, da mesma maneira, devíamos ser capazes de perceber toda a dimensão disto: o nosso nome ainda nos pertence, temos planos banais para amanhã." José Luís Peixoto


daqui